data-filename="retriever" style="width: 100%;"> data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Mesmo com o comércio fechado, movimento seguiu no Calçadão de Santa Maria
Mais uma vez, em tempos de pandemia do novo coronavírus, o que se viu nas áreas centrais de Santa Maria na manhã de quarta-feira foi um movimento intenso de carros e pedestres, ainda que menor do que o observado na terça-feira, dia de maior circulação de pessoas desde o começo da adoção de medidas de isolamento social. As máscaras, equipamento de proteção recomendado pelo Ministério da Saúde para quem sai de casa, seguiram como coadjuvantes, enquanto que a aglomeração de pessoas - exatamente aquilo que se busca evitar - era recorrente.
Novamente, o que chamou a atenção foram as filas em lotéricas e bancos. Por ser um período de início do mês, muitos procuram os serviços para sacar dinheiro do salário e pagar contas.
O caminhoneiro Romeu Trindade Soares, de 51 anos, foi ao banco retirar dinheiro para pagar contas e comprar um ovo de páscoa para a filha. Mesmo sem máscara, ele procurou observar o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas na fila.
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- Trabalhei 32 anos como motorista de caminhão, enfrentei toda a H1N1, eu passava em pedágio, em posto de gasolina, sempre em contato direto com as pessoas. Graças a Deus não peguei nada, sempre com uma saúde boa, não tenho doença pré-existente, não tenho medo de ficar doente. Meu medo é pegar e levar o vírus para alguém. Tenho família, tenho que voltar para casa - explica.
Com a divulgação do calendário e dos detalhes do auxílio emergencial pago pelo governo federal para autônomos, informais e microempreendedores individuais, há quem saiu de casa para se informar e até realizar o cadastro presencialmente - a orientação é para que o processo seja feito online, via aplicativo ou site.
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O autônomo Alciomar Garcia Saraiva, de 61 anos, foi até a agência da Caixa no Calçadão para garantir o auxílio. Ele esperou cerca de 40 minutos na fila até ter acesso ao interior do estabelecimento.
- Foi tranquilo. Agora preciso aguardar, dizem que a partir de amanhã começam a pagar. Estou desempregado e preciso me manter. Não posso trabalhar, nem tem como. Não tenho saída, aí fico dependendo desse dinheiro do governo - relata.
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O movimento de veículos foi semelhante ao visto nos últimos dias. No Paradão da Avenida Rio Branco, a partir das 11h, as pessoas voltaram a se aglomerar para embarcar nos coletivos.
* colaborou Felipe Backes